A publicação do estatuto da Aliança Renovadora Nacional (Arena) surpreendeu muitos leitores do Diário Oficial da União nesta terça-feira (13) e chamou a atenção para a iniciativa de um grupo de 144 pessoas, de 15 estados diferentes, mobilizadas para criar um novo partido político que resgate o nome, a sigla e os ideais do antigo, que deu apoio político ao regime militar entre 1966 e 1979.
A divulgação do documento, assinado pela estudante de Direito da Universidade de Caxias do Sul (RS) Cibele Bumbel Baginski, de 23 anos, presidente provisória da nova Arena, é o primeiro movimento formal para a criação do novo partido, informou a Agência Estado. Nos próximos meses o grupo de fundadores espera obter as 491 mil assinaturas necessárias de eleitores de pelo menos nove estados para receber oregistro partidário no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pelo estatuto, a Arena “possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político” e atribui a um “conselho ideológico” o poder de aprovar as correntes e tendências que venham a se formar internamente. Também proclama que vai lutar “contra a comunização da sociedade e dos meios de produção” e proíbe coligações com siglas que defendam o comunismo ou tenham vertentes marxistas.
Entre as propostos do novo partido estão a privatização do sistema penitenciário, abolição de qualquer sistema de cotas, aprovação da maioridade penal aos 16 anos, retorno das disciplinas de moral e cívica e latim ao currículo escolar, retomada do controle de estatais fundamentais à proteção da nação e reaparelhamento das forças armadas.
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